Convergências Dialéticas entre ética e Política

INTRODUÇÃO GERAL

Na atitude política baseada numa categoria filosófico-política e ético-humana que quer descobrir a importância da política inspirada na ética filosófica dos grandes filósofos, que foram simultaneamente grandes políticos, no melhordos sentidos, ao estilo de Eric Weil, Immanuel Kant, Jean-Jacques Rousseau, Sócrates, Platão, Aristóteles e Agostinho, vimo-nos obrigados a elaborar um novo ângulo da abordagem da filosofia política, alicerçada nas nossas Convergências Dialécticas entre Ética e Política.

Assim, a necessidade da ética na política manifesta a política da necessidade ética. Por isso, o que é ético é sempre ético-político e humano, mas o que é político, embora seja político, nem sempre é ético e humano. Eis o porquê de as nossas Convergências Dialécticas entre Ética e Política, enquanto proposta de construção de um Estado sólido para o mundo político-filosófico do nosso tempo, reclamarem mais justiça e mais humanidade. Pois, na verdade, uma política sem ética político-humana é uma violência político-desumana. O mesmo se diga de um político sem humanismo ético-político: é também um desumano político. E se os políticos não são políticos ético-humanos e racionais senão como agem, em filosofia política ético-humana nada se impõe, apenas se propõe; mas em política desumana e não-ética, tudo é imposto.

Por isso, quando os políticos não são cidadãos políticos e nem os cidadãos políticos são civilizados com base nos critérios ético-políticos e racionais, cultiva-se a animalização política e não a humanização política. Eis a razão pela qual o animal político se diferencia do político animal. No entanto, para que a ética seja aplicada na política é preciso humanizar e "eticizar" os políticos da política e não a política dos políticos. A consciência política deve realizar-se na consciência ética da filosofia política, porque a filosofia política, enquanto acção racional, deve ser o fundamento da acção ética e humana…